Estudo da IBM Indica Crescimento Para Novas Mídias
A área de consultoria
da IBM acaba de divulgar o relatório global "Navigating the Media Divide:
Innovating and Enabling New Business Models" (Navegando pela divisão de mídias:
inovando e permitindo novos modelos de negócios), que oferece uma lista de
procedimentos que as empresas podem adotar para enfrentar pelo conflito que
ameaça as empresas tradicionais de geração e distribuição de conteúdo. A IBM
chama este conflito de “divisão de mídias”.
Para examinar a tensão inerente entre
a mídia tradicional e as novas mídias, e explorar cenários futuros do setor, a
IBM conduziu um estudo abrangente que incluiu entrevistas com líderes de
empresas de mídia, telecomunicações e provedores de internet e uma análise
detalhada dos fatores que estão moldando a perspectiva do setor. O relatório da
IBM mostra que novas formas de mídia crescerão a uma taxa anual de 23% nos
próximos quatro anos, quase cinco vezes a das empresas de mídia tradicionais. O
relatório também estima que a indústria da música deve perder entre US$ 90 e US$
160 bilhões em sua transição para conteúdo digital e informa que as implicações
futuras serão ainda maiores para a televisão e filmes se as companhias não
navegarem sistematicamente pelas divisões de mídias.
“O atual embate entre a mídia
tradicional e as novas mídias alcançou um patamar bastante alto. Os responsáveis
pelo segmento de mercado estão respondendo, mas talvez não suficientemente
rápido ou completamente”, diz Manzar Feres, líder do setor de Comunicações da
IBM Brasil e América Latina. “Agora é a hora de determinar mudanças nos modelos
de negócio, inovar e reavaliar as parcerias de negócio. Os donos de conteúdo e
distribuidores de mídia têm que entrar em ação antes que seja tarde demais.”
A IBM vê um claro delineamento entre
os antigos e novos mundos da mídia. No mundo tradicional, o conteúdo produzido
por profissionais e distribuído por plataformas proprietárias ainda domina. Mas
no mundo novo, freqüentemente o conteúdo é criado pelo usuário e acessado
através de plataformas abertas. Estas tendências polarizadas determinam um
conflito claro entre as empresas que estão hoje no mercado e os novos
concorrentes. Um segundo conflito está surgindo entre as empresas existentes,
entre donos de conteúdo tradicionais (estúdios, editores de jogos e gravadoras)
e distribuidores de mídia (afiliadas de emissoras de televisão, varejistas,
exibidores de filmes, provedores de comunicação via satélite e via cabo). Esta
divisão das mídias está colocando parceiro contra parceiro em uma luta para ver
quem cresce mais.
Como resultado, a IBM publicou dez
recomendações específicas projetadas para ajudar as empresas a enfrentarem o
desafio imediato de reinvenção para o mundo das novas mídias. São elas:
1) Coloque o consumidor no centro do seu negócio (e até no conselho da empresa);
2) Converta as informações dos consumidores em vantagem competitiva;
3) Dê oportunidades para o consumidor desenvolver novas ferramentas e idéias
para seu produto;
4) Ofereça experiências e não só conteúdo;
5) Expanda a marca da sua empresa para o mundo virtual;
6) Inove radicalmente seu modelo de negócio por meio de parcerias de negócio, e
até mesmo, através de aquisições;
7) Invista em anúncios publicitários interativos e mensuráveis;
8) Redefina suas parcerias e minimize o impacto dessa decisão junto aos seus
canais;
9) Mude o investimento de sua empresa do tradicional para o novo modelo de
negócios e;
10) Desenhe um modelo flexível de negócios que possa mudar facilmente conforme
as necessidades do consumidor.
Resumindo, as recomendações orientam
as empresas de entretenimento e telecomunicações a praticar Inovação para
Consumidores; Inovação em Modelos de Negócio; e Infra-estrutura Empresarial
Flexível.
A IBM realizou entrevistas com mais
de 75 altos executivos de mídia, analistas do setor, economistas e visionários
de tecnologia, e também trabalhou com a Economist Intelligence Unit para
pesquisar outros 125 executivos de empresas de mídia, portais de Internet e de
telecomunicações
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